

II
Primeira carta: aos
Corintios
Nesta carta, Paulo lida com diversos problemas na igreja de Corinto, incluindo divisões, imoralidade, e abusos nos cultos. Ele também ensina sobre o amor e os dons espirituais.
Em meio aos tempos antigos, quando a humanidade buscava respostas e a fé florescia nos corações, surge Paulo, um apóstolo fervoroso, enviado por Deus para iluminar os caminhos tortuosos. Sua Primeira Carta aos Coríntios não é apenas um conjunto de palavras, mas uma sinfonia de sabedoria divina, tecida com amor e esperança.
No início da carta, Paulo, como um jardineiro da alma, planta sementes de unidade e amor. Ele clama aos coríntios que deixem de lado as divisões e se unam em um só espírito. Advertia quanto a imoralidade entre eles, que aquilo não era bom:
"Voces não sabem que um pouco de fermento faz toda a massa ficar fermentada? Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento". (Corintios 5:6/7) ,"Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém". "Os alimentos foram feitos para o estomago, e o estomago para os alimentos, mas Deus destruirá a ambos. O corpo, porém, não é para a imoralidade, mas para o Senhor e o Senhor para o corpo". ( Corintios 6:12/13)
Paulo advertia os irmãos para não pecarem contra o próprio corpo, para que fugissem da imoralidade sexual: "Todos os outros pecados que a pessoa comete, fora do corpo os comete, mas quem peca sexualmente, peca contra seu próprio corpo" (Cor. 6:18), "O corpo que habitamos nos foi dado por Deus, foi comprado por alto preço, portanto devemos glorificar a Deus com nosso próprio corpo".
“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.”
A carta atinge seu ápice no tão já conhecido e imortalizado por tantos: Capítulo 13, onde o "tecelão do Evangelho" descreve a supremacia do amor como sendo o maior de todos os dons. Com uma linguagem lírica e figuras de linguagem como metáforas e antíteses, ele exalta o amor como essência de todas as virtudes:
“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como um sino que ressoa ou um prato que retine. Ainda que eu tenha o dom da profecia, saiba todos os mistérios e todo o conhecimento e tenha uma fé de mover montanhas, se eu não tiver amor..." (Cor. 13:2/3). Ele ensina os irmãos que o amor é o maior e mais nobre dos sentimentos, que os irmãos e todos os seres humanos devem se amar incondicionalmente, não o amor erótico, mas o ágape, o amor de Deus que irradia em todos os corações, que devem se amar uns aos outros assim como fomos e somos amados por Deus e por nosso Senhor Jesus Cristo.
"O amor é paciente, é bondoso, não inveja, não se vangloria, não se orgulha, não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, ...", Paulo brilhantemente descreve as qualidades do amor, como a paciencia, bondade, ausencia de inveja e orgulho, enfatizando que o amor é altruísta e transformador. É também um convite para que nos dias atuais continuemos praticando essas virtudes em nossas relações diárias, mostrando que o amor não se limita a sentimento, mas demonstrado através de ações e comportamentos.
Por fim, Paulo encoraja os coríntios a permanecerem firmes em sua fé, comparando a vida cristã a uma corrida em que todos correm, mas apenas aqueles que perseveram até o fim alcançam a vitória:
“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.”
A Primeira Carta de Paulo aos Coríntios é uma obra atemporal que ressoa através dos séculos, inspirando e guiando os fiéis em sua jornada espiritual. Em suas palavras, encontramos a essência do amor, da unidade, da sabedoria divina e da esperança eterna. É um convite para abraçar a fé com todo o coração e viver em harmonia com os ensinamentos de Cristo.